quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A diferença entre Marufa e Tetinha


            Hoje venho-vos falar de um assunto delicado, que com certeza preocupa muita gente em muitos cantos do planeta, desde Portugal até tipo ao outro lado do mundo como é o caso da Suíça. A pergunta que inquieta muita gente é a seguinte: “Mas afinal qual é a diferença entre Marufas e Tetinhas? Serão apenas dois nomes diferentes para uma única coisa?”
            Meus amigos, a minha resposta é não, só existem duas semelhanças entre a Marufa e a Tetinha, ambas fazem parte de um conjunto de dois, e ambos se situam na zona torácica da indivídua de sexo feminino.
            Sinto que vocês se perguntam “mas afinal qual é a diferença entre marufa e tetinha pah!!”, simples, vamos comparar com as uvas, em toda a vinha existem as videiras que produzem aquela uva mais redondinha mas porém mais pequenina, e aquelas que produzem toda aquela uva mais oval mas bastante corposa.
            Aproveitando a analogia, a tetinha, ou tetinhá em francês, de onde a palavra é originária, seria a uva mais pequena e redonda, que por vezes possuiu muito mais sabor concentrado do que a uva oval e gigante. Pois a textura e o tamanho da uva oval muitas das vezes só é possível com recurso a químicos, sendo que perde todo o sabor, tal qual como a Marufa.
            Assim já sabem qual é a diferença, para aqueles que acharam a palavra Marufa, curiosa, ela provem da junção das palavras mar + ufa, pois quando elas estão encostadas ao rosto parece que nos estamos a afogar, mas porém sempre que as vimos é uma sensação de alívio “ufa”.
            Muito obrigado a ti que acabaste de ler isto. Quem não leu fez uma jogada de mestre, pois não perdeu 3 minutos da sua vida. Quem leu, sinto que vai mais esclarecido e passo a passo pode ser tornar como eu um “matarruano esclarecido”.

Bem hajam

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ode ao entorpecimento #2

Antes de dar início a esta ode gostaria de agradecer a quem leu, comentou, a minha primeira crónica na Cosmos. Todas as opiniões serão usadas para refletir sobre como irei abordar neste espaço, pois este pertence-vos. Gostaria que me dessem sugestão de temas que gostariam de ver abordados nesta crónica de crítica social.
Hoje, como já tinha anunciado, vou abordar um tema que irá contra a minha ideologia pessoal, mas, sinto que este assunto não poderia passar em branco. Sendo assim irei abrir uma exceção e utilizar a minha experiência pessoal para refletir. O único risco: poderá conter uma relativa falta de isenção, mas qual ser humano é isento?
Este episódio passou-se durante o fim de semana, em que eu estaria a fazer uma longa e entediante viagem, de volta ao poço de vácuo temporal, que eu gosto de apelidar de casa. Porém o que mais surpreendeu, é que este vácuo estaria a aumentar. Eu vivo numa zona rural, fortemente envelhecida, onde o Salazar ainda é o super herói de infância de muitos, quem poderá criticar? Um senhor lança o mecanismo mais forte de propaganda da história de Portugal, tendo em conta que estavamos a lidar com uma população pouco escolarizada e informada, é muito natural que cada sílaba proferida por aquele senhor caísse no cérebro dos indivíduos como uma prece ao desenvolvimento, á justiça, á igualdade.
Porém na minha profunda ingenuidade, que eu pensara que estaria ultrapassada, eu afirmaria, á duas semana atrás, que todos os indivíduos dariam primazia á liberdade de expressão acima de qualquer outro valor. Esqueci-me que estamos em Portugal.
Tradição, pátria e família - São valores que, como um polvo, se agarraram aos Portugueses. Todos os dias falo de crise de valores tradicionais, olho á minha volta e sou levado a perguntar “Qual crise ?”
Sorrimos ao sermos espezinhados, tudo porque temos que respeitar a ordem e a autoridade, pois quem somos nós para as questionar? O problema do país são os jovens, os benificiários dos rendimentos sociais. Sendo esses a corja da sociedade, querem condições de vida? No meu tempo só comia sopa. Querem saúde? No meu tempo não ia ao médico. Querem liberdade de expressão? No meu tempo se dissesse uma asneira era castigada pelo cinto de couro.
Sim todo este discurso, todas essas precepções, entraram a ferros no meu cérebro com uma simples frase: “é por isto que o país não vai para a frente.”
Sim esta frase foi proferida por uma senhora, sendo que já me encontro a elevar-lhe o estatuto, quando eu no seio do meu grupo lançava mais umas achas sobre certos temas fraturantes. Sou irreverente, nunca me importei com isso, eu sou assim e orgulho-me. Não vou baixar a cabeça para ser espezinhado, qual é o mal?
Possuo ideias próprias porqu^^e condenar ? Pergunto-vos, seja quem for que estiver a ler isto? É por existência de pessoas com ideias próprias que estamos estagnados? Estamos nesta situação por minha causa? Por dizer o que penso?
Deixo-vos um conselho, cuidado com as viagens de comboio, cuidado com as vossas ideias, para o português é melhor passar fome, do que aceitar ideias dispares á sua. Nós já sabemos é assim que tem que ser, manda quem pode obdece quem tem de obdecer.
Uma coisa vos garanto, nem que fragmentos do Céu caiam, nem que chovam almondegas, podem até mandar empalhar-me. Vou continuar a ser inconveniente, politicamente incorreto, pois aí é que está o cerne da reflexão.
Lembrem-se apenas que quanto mais certezas tiverem menos informações possuem, pois existem um inúmero leque de possibilidades para um problema, pensamento, ideologia, sendo que todas são válidas e pertinente. Determinação não é ter certezas de todos os aspectos, mas escolher uma opção tendo em conta todos os defeitos, e fragilidades da mesma. Um ponto de vista é apenas a vista a partir de um ponto.

Luís Vasconcelos

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Confissões de um ex-gangster

E assim se desmantelou uma rede de gang...

Finalmente o temível grupo de gangsters, conhecidos no circuito do mundo do crime como PSL foi desmantelado, face à insistência de uma investigação levada a cabo por uma série de agentes sociais e judiciais que no intuito de darem voz e fazer justiça aos populares revoltosos vítimas das atrocidades cometidas pelo gang no passado, lhes acionaram um processo legal. Lini Mafiosi porta voz da comitiva ainda tentou justificar as práticas censuráveis e hediondas recorrendo ao argumento de eventual insanidade mental coletiva do bando do Meinedo. Alegação essa que foi facilmente indeferida pelo juiz muito por culpa da intervenção do advogado de acusação Dr Dário Canino, que ao que reza a lenda terá mesmo pertencido em tempos à elite do gang. O advogado serviu se das declarações do policial Reis ainda em atividade nas ruas de Valongo e ainda do Comissário, vizinho dos PSL que os perseguia desde a adolescência, para disferir a machadada final na sentença que viria a culminar com prisão perpétua. Digno de registo, ressalve-se tb uma peripécia que aconteceu durante o julgamento. O agente Reis que padece de hemorroides, não resistindo às fortes contrações anais de que sofrera durante o julgamento, solicitou uma confortável cadeira de celicone ao tribunal de modo a poder prestar as declarações finais. Para isso o juiz pediu-lhe a causa de tamanha patologia, vendo-se o agente Reis dessa forma obrigado a assumir a sua homossexualidade perante perplexidade e gargalhada geral.

De um ex-gangster

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ornatos Violeta: há vida depois da morte

10 anos depois do anunciado fim, os Ornatos Violeta regressam aos palcos com o estatuto de gigantes.
 
Em 2002, ao fim de 11 anos no activo, a banda de Manuel Cruz ganhava destaque no mainstream da música portuguesa. Ouvi dizer e Capitão Romance passavam na rádio. A banda actuava na Aula Magna, em Lisboa, ou no Hard Club, no Porto. Dois álbuns editados. A crítica estava conquistada. Quando tudo apontava para o sucesso, foi anunciado o fim do grupo.
Uma década depois o Monstro volta a ter amigos. Muitos amigos. Depois de 25 mil terem assistido ao concerto em Paredes de Coura, chegou a vez dos Coliseus. Um total de seis concertos esgotados há meses.
Sem se saber como os Ornatos Violeta tornaram-se numa banda de culto e nesta “mini digressão” verão, pelo menos, duas gerações na audiência: a que nunca os viu e a que nunca esperou voltar a vê-los.

AM

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Crónicas do Matarruano Esclarecido #2

O Sporting contente com Matarruano a presidente!

Caros sócios, desloco-me hoje perante vós, não como o Matarruano Esclarecido crítico, mas como Matarruano pertinente para que vocês consigam adquirir apenas um raio de sapiência pura que compõe a minha pessoa.

            Hoje não vos venho escrever uma crónica mas sim requerer a vossa assistência numa jornada apedregulhada e composta de curvas. Iremos depenar águias, matar dragões, comer presunto e beber tintol no Minho. Voltando ao pilar da questão: tal e qual como Adónis segurava o mundo, eu proponho-me a erguer um grande clube português, o Sporting Clube de Portugal.

“Mas ó Matarruano o Sporting é grande?” Não é grande agora mas quando eu for para lá, vamos dar 15-0 ao Barcelona. Ok,eu vou ser realista, ninguém dá 15-0 ao Barcelona. Eles são uma equipa fora de série, mas, vá, podemos conseguir um 15 a 1. Lá o Messi no último minuto faz um golito porque o Patrício deixa para o rapaz não desmoralizar.

            Os problemas do Sporting são bem conhecidos de toda a gente. Não conseguem ganhar nem á equipa B do Moreirense. Quem é o culpado? Godinho Lopes? Porquê? Porque é parvo. Ai meu Deus, quem é que mete o Ricardo “Coração de Leão” a treinador principal? Ele não sabe que na época que esse sócio foi rei de Inglaterra, esta perdeu uma grande parte do seu reino? Oh Godinho toma o comprimidinho e deixa o Futebol para que percebe.

Um tsunami devastou toda a Lisboa após um terramoto, e tu vai contratar o Oceano. Ai meu amigo! Toda a gente já conhece a táctica da traçada ortogonal (o Moreirense até conhecia os atalhos e desvios até á baliza.)

            E agora contratam-me um holandês todo ganzado, não bastava terem contratado um indiano para venderem camisolas? Eles na índia falsificam tudo. Parece que já estou a ver “ Oh pessoal don't worry be happy”.

            Anda tudo preocupado com o fosso, eu pergunto: “Qual? O do passivo do Sporting ou o do estádio?” Eu tenho a solução para os dois. Já que o túnel é todo um cenário campestre e a relva está cheia de ervas daninhas e cogumelos, já para não falar dos nabos em dia de jogo, eu mandava plantar árvores de fruto a todo o comprimento do fosso, tipo pessegueiros, e assim podíamos vender a frutinha para financiar o clube. Tudo se resolve quando há vontade.

 

A lista de patrocínios para a minha campanha são os seguintes:

Talhos Xixa- 47 euros

Cabeleireiros Zira- 56 euros

Matadouros Eurosport- 103 euros e 90 cêntimos

Taberna Tibério- 15 euros, dois pratos de bucho por mês e uma pipa de vinho.

Frutaria Isabel- 2 kg de peras, 3 kg de maças, 1 kg de cereja, um queijo da serra e 300 gramas de fiambre.

Sendo assim o capital social do sporting subiria para 221 euros e 90 cêntimos, dois pratos de bucho mensais, 1 pipa de vinho, 2kg de peras, 3 kg de maças, 1kg de cereja, 1 queijo da serra e 300 gramas de fiambre (o maior orçamento para as contratações da história verde e branca).

            Proponho ainda a mudança do centro de estágios do Sporting para Corroios. Eu tenho lá um terreno bom, e assim lavravam-me lá a cena e ficavam a ganhar as duas partes.

            Proponho ainda a contratação de um jogador, o novo Cristiano Ronaldo, falo do Abelardo Micael, ponta de lança do Pidre, que marca cerca de 15 golos por época no campeonato da paróquia, para ensinar o Wolks como se joga futebol.

Espero que os actuais 10 sócios sportinguistas reflitam no rumo que querem dar ao seu clube e votem em mim. (Sra. Lopes lá por o Godinho ser seu filho não tem de votar nele.)

 

Obrigado. SPORTING! SPORTING! SPORTING!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

As coisas que os homens não dizem

Há coisas que os homens não conseguem dizer. Um homem nunca diz a outro "Estás mais gordo.", pelo menos num tom grave e sério. Exibir peso a mais é coisa de macho. Engordar uns quilos é sinal de pouco trabalho e muita cerveja. Horas passadas em frente à televisão a ver os jogos da liga portuguesa, inglesa, marroquina e árabe de futebol. Uma escrava em casa a quem, carinhosamente, chamam de mãe. No mundo dos "gajos" respeito e perimetro abdominal variam numa relação directa, por isso mesmo "Não compres mais cerveja." é coisa que não cabe na mente masculina. Não entra, vá. E  juntam-se naquilo a que, pomposamente, chamam de jantaradas. Grandes banquetes que se resumem a cerveja, tremoços e chouriços fumados lá da terra, qual manjar dos Deuses. 
Enquanto vão dando cabo de uma e outra grade de cervejas aproveitam para exibir as suas mais recentes conquistas. Um par de ténis novo, o desempenho no PES e uma foto das duas loiras com quem beberam um copo (nada mais).
De pança cheia lá saem eles da casa do amigo rumo ao bar mais próximo. 180kms/h na autoestrada deserta e puxadores quase arrancados. Nas veias corre o medo mas ninguém ousa dizer ao louco que vai a conduzir "Já levas velocidade a mais". Nenhum deles quer ser o menino do grupo.
Recusar uma saída à noite para ficar em casa a estudar é quase segredo de estado. Admirável é reprovar no exame em época normal, ir a recurso e passar com 10. 
No campo das relações, bem, aí quantas mais melhor. Os homens adoram poder afirmar-se como capitalistas sociais, poder exibir uma lista de contactos pintada de cor de rosa. Tem um impacto brutal. Por isso, sob pena de perder a sua masculinidade, um homem nunca diz aos seus amigos: "Ela é a mulher da minha vida. Vamos casar.".

Há muitas coisas que os homens dizem mas, muito sinceramente, não têm muito interesse.

Andreia Moreira
 

Crónicas do Matarruano Esclarecido #1

Explicação da crise económica

Bem vindos á primeira crónica do Matarruano Esclarecido (eu próprio). Esta vai consitir numa análise explanatória da crise. Como se diz na minha terra, quem não tem cão caça com gato, mas se não tiveres nenhum 'tas lixado.
E esta frase, esta tão singela união de palavras numa sinestesia vibrante, explica toda a crise económica, ou como eu gosto de lhe chamar: Monopoly. Isto porque a realidade é realmente parecida com o jogo, quem tem dinheiro paga e sai da prisão. Quanto mais pobre estás, mais dinheiro te tiram e ainda tens de andar a sustentar quem tem as propriedades todas do jogo. Quando finalmente cais naquelas casas tipo “caixa da comunidade” (segurança social), normalmente não são boas notícias: só te querem sacar mais dinheiro (que obviamente não tens).
O jogo devia-se chamar Tugalopolio. Porém concordo com aqueles iluminados que dizem: “Ah e tal ó Matarruano isso é parvo.”. Claro que é parvo, mas sabem o que é mais parvo ? É que na sociedade, uns quantos rectângulos de papel, do mais rasca que há, aquilo apanha uma chuva e desbota completamente, valem mais que maior parte da população, mas isso ninguém acha parvo.
Mas como prometi a explicação da crise, ou crije, para os mais cultos, ou crixe, para quem escreve todo o dia como se faltasse a tecla “s” e insistem em falar no “X”, tipo esta frase “Oh Xandra xabiax que xabado vai fazer xol em corroios de xima. Beijox”, tentem dizer esta frase sem adquirirem um grande problema de salivação, quem ganha são as companhias de babetes de papel, que antes só vendiam para os dentistas, mas agora podem vender a quem tiver um telemóvel e tem que ler as sms em voz alta para perceber. E qual é a cena de Beijox, eu juro, que andei 3 semanas ou mais a pensar que era um novo botox, assim mais fraquinhos para os pobres, até disse a minha mulher que haviamos de ir ao talho ali a Francos, a ver se o Manel lhe punha lá a cena.
Voltando ao assunto, imaginem que numa cidade existem 10 habitantes e 10 vacas, o problema em Portugal, é que apesar de existir o mesmo número de vacas e de habitantes, há sempre o raio de um homem que consegue ficar com as nove vacas e meia, e o resto do pessoal que come hortaliça.
Assim sendo a solução da crise não é aumentar o número de vacas mas diminuir o número de bois que querem as vacas só para si.

Fiquem bem, lembrem-se apenas que andar á chuva molha, e o vinho branco se for amarelo desconfiem, pode ser Ice tea.

Matarruano Esclarecido